Tuesday, December 06, 2005

Fernando Pessoa

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Por que me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

Fernando Pessoa
Portuguese Poet

0 Comments:

Post a Comment

<< Home